quarta-feira, 6 de maio de 2015

Amar diferente continua sendo amar...

Ao invés de julgar o amor é preciso lutar por ele, por sua permanência, para que nós possamos viver dias emocionais mais promissores em direção à felicidade e ao pertencer.


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Homens que amam homens. Mulheres que amam mulheres. Ainda em muitas sociedades, um tabú. Nas mais radicalmente conservadoras, a homossexualidade é considerada um crime capital, passível de morte.
O preconceito e a discriminação são "entidades" que julgam somente a superfície das pessoas, porque se for para fazer uma análise interna, concluir-se-á que homens que amam homens e mulheres que amam mulheres são, não só fisiológica e anatomicamente idênticos aos homens que amam mulheres e às mulheres que amam homens, mas também tão emocionalmente quanto.
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Tem muita gente que diz que homossexualidade é uma escolha. Mas se uma pergunta for lançada para os heterossexuais, como por exemplo, em que momento da vida deles escolheram ser heterossexuais, como será possível achar um argumento realmente plausível como resposta? Assim que os bebês nascem, não existe uma máquina com dois botões (1 para homossexualidade e outro para heterossexualidade) para que façam a escolha da orientação sexual que desejam. Acho que a única diferença é quando o homossexual na adolescência ou na vida adulta decide escolher suprimir sua orientação por medo do preconceito, por medo de não ser aceito, ser discriminado. Então ele "assume-se" heterossexual e vive uma vida de faz-de-conta, anulando muito do que sente, sacrificando sua realização emocional para poder pertencer a um mundo que resiste a aceitar a essência dele se for diferente do que é ditado ou esperado como regra.
A opção de amar de alguém, seja de que sexo for, é uma questão muito particular, que deveria concernir somente aos envolvidos, não à uma sociedade inteira, tradições culturais ou regras religiosas. Individualidade é um direito a ser respeitado e mantido. Não deveria ser exposto a nenhum tipo de sabatina ou negociação.
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Acabamos vivendo numa sociedade hipócrita que condena certos tipos de orientação sexual, mas é passiva, conformada, por vezes conivente com problemas sociais graves como a violência e corrupção. Em outra instância, grande parte dos religiosos aponta facilmente o dedo para os "diferentes", mas tenta encobrir ou ignorar casos de abuso sexual de menores por membros da própria classe. Amor é condenável, mas abuso é perdoável, permissível! Será que o "amor diferente" é mesmo tão ameaçador assim para a integridade moral de uma sociedade, família ou indivíduo????
A verdade é que à todo mundo, independente da orientação que tenha, deveria ser assegurado o direito a pertencer, ser feliz, dono das próprias escolhas e respeitado nelas. O pressuposto do amor é uma troca de bem querer, desejo de pertencer, doar, crescer e aprender junto. Sementes que promovem a construção, a união, não seus inversos.
É tão fundamental celebrar e espargir o amor, seja de que natureza for, porque este mundo está contaminado demais por intolerância, discriminação, falta de compaixão, está desidratado e desnutrido de uma comida imprescindível chamada: AFETO!
Amor nunca é demais! Não importa a cor, gênero, idade, status social, formação educacional, estilo do amor de quem ama. O que importa é sim tentar-se combater a falta dele, porque é a sua escassez que arruina um indivíduo, uma família, uma comunidade, uma sociedade. Quando alguém se sente amado e feliz, a realidade muda de cor, de sabor, fica mais leve, a pessoa se sente com mais potencial para promover mudanças sadias, construtivas, promissoras. A gente precisa reinventar o mundo com chuvas torrenciais de afeto, positivismo, elogios, tolerância, respeito e gratidão!
Não existe aquele ditado que diz: "fazer o bem sem olhar a quem?" Que tal então celebrar o amor sem julgar ninguém?

Fonte:http://www.obviousmag.org/


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