segunda-feira, 1 de junho de 2015

Ministras do TST e TSE abordam os desafios da inclusão feminina

Maceió (AL) - As ministras Delaíde Arantes, do Tribunal Superior do Trabalho, e Luciana Lóssio, do Tribunal Superior Eleitoral, proferiram as palestras de encerramento da I Conferência Nacional da Mulher Advogada, em Maceió. As juristas falaram sobre os desafios da inclusão feminina nas instituições brasileiras e relembraram suas principais conquistas.

O painel de encerramento foi presidido por Solange Jurema, secretária municipal do trabalho, abastecimento e economia solidária de Maceió. A conselheira federal Elisa Galante foi a secretária do encontro. “Somos mais atingidas pela falta de políticas. Nós que temos de ir para a frente de batalha. Vamos nos incorporar na luta política por mais mulheres em todos os espaços de poder, só assim conseguiremos fazer políticas de sejam de nosso interesse”, afirmou Solange.
Luciana Lóssio apresentou dados que comprovam o atraso do Brasil na representação feminina na política do no Judiciário, como menos de 10% de deputadas federais e 13% de senadoras, sendo que o eleitorado feminino é de 52,3%. “Apesar de termos uma mulher como presidente do Brasil, elegemos apenas uma governadora. Estão tentando acabar com a cota de 30% nas candidaturas e não podemos permitir esse retrocesso”, disse.
“Para se conseguir a igualdade de gênero é necessária a presença de mulheres na política. A subrepresentação deve ser combatida por todos nós. Já caminhamos muito, mas ainda há uma longa trajetória pela frente. É muito difícil a inserção no mundo político e jurídico, mas é com luta que vamos conquistar nosso espaço”, continuou.
Delaíde Arantes listou os desafios da mulher no século 21, como os jurídicos, de carreira, pessoais, familiares, enfrentamento do assédio sexual e moral, o empoderamento e a eliminação de preconceitos.
“Temos várias garantias do ponto de vista formal, mas falta ainda a efetivação delas. Mulheres ainda enfrentam preconceitos de todos os níveis. Ainda convivemos com grandes diferenças eleitorais. No serviço público, mais mulheres são aprovadas, mas apenas 18% exercem funções de poder”, exemplificou.
“Precisamos criar a conscientização das mulheres de que é possível vencer barreiras e conquistar novos horizontes, que vale a pena estudar, se qualificar e ir à luta. Quando se fala em conscientização, todos somos responsáveis por alterar a história da mulher no Brasil”, finalizou.

Fonte: http://www.oab.org.br/

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