Feminista: Pessoa que acredita na igualdade social, política e econômica entre os sexos. A definição de dicionário, popularizada na voz de Chimamanda Ngozi Adichie em discurso sampleado por Beyoncé, nunca foi tão relevante para a cultura pop. Seja estrelando sagas distópicas ou fazendo parte de grupos de heróis, brilhando nos palcos ou na política, o papel da mulher em nossa sociedade patriarcal está mudando. Graças à Deusa!


A indústria de quadrinhos insiste em hipersexualizar a mulher, mas a força dos movimentos sociais vem mudando esse quadro. Recentemente, a DC Comicssuspendeu uma capa de Batgirl que fazia alusão a abuso sexual. A discussão rendeu, mas a decisão foi a mais acertada para o momento que vivemos e para uma publicação claramente voltada ao público feminino. Roteiristas e desenhistas mulheres aparecem em títulos como Batwoman e Mulher Gato, a nova Power Girl sem decote e, naMarvel, o sucesso da Thor mulher e da nova Miss Marvel – uma muçulmana – mostram o quanto a representatividade está em alta.

A Disney excluiu a Viúva Negra do merchandising de Os Vingadores – A Era de Ultron, por acreditar que meninos não comprariam algo com uma heroína. Para piorar, teve vingador chamando a moça de “vadia”, e a treta virou piada no Saturday Night Live com um trailer de “chick flick” da personagem de Scarlett Johansson:
A Marvel só se redimiu com o lançamento de A-Force, título que traz um time deVingadoras totalmente composto por mulheres. Ele é parte da saga Guerras Secretas – o grande evento da editora nesse ano – e deve seguir sendo publicado depois, o que obviamente é ponto para as meninas.
A DC, em parceria com as fabricantes de brinquedos Mattel e LEGO, repaginou algumas de suas personagens para meninas de 6 a 12 anos, no selo DC Super Hero Girls. Além de um desenho animado, há uma linha de bonecas prevista para o segundo semestre, e outro acerto veio com Supergirl – seriado que acompanhará as aventuras da prima do Superman. As críticas ao trailer da série provocaram o “vazamento” do episódio piloto, que acabou surpreendendo positivamente. Há muita ação e ótimos efeitos especiais, além de uma conversa constante sobre o papel da mulher e de uma super-heroína que se for bem desenvolvida, promete.
Fica impossível não citar Game of Thrones. A obra de George R. R. Martin não chega a ser feminista, mas sempre teve mulheres fortes e em papéis de destaque. Entretanto, a adaptação dos livros para a TV eliminou algumas personagens, diminuiu a força das que restaram e frequentemente exibe – provavelmente para chocar o público – cenas de estupro ou de incitação a ele. Esse foi o destino da sofrida Sansa Stark (Sophie Turner) e causou revolta geral, especialmente depois que os produtores insinuaram que ela escolheu esse caminho. É provável que Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) conquiste o trono à fogo, mas parece que muitas mulheres ainda sofrerão antes que isso aconteça, o que para alguns é motivo para abandonar a série.
A expectativa agora fica para 2016, quando a Mulher Maravilha fará sua estreia nos cinemas em Batman vs Superman – Origem da Justiça. A atriz israelense Gal Gadotfoi criticada porque não teria corpo para assumir o papel, mas respondeu da maneira elegante e diplomática que sua personagem pede. O filme solo da heroína está previsto para 2017, e PRECISA ser um sucesso, já que finalmente veremos o ícone – pop e feminista – nas telas. Será difícil defender os papéis femininos nessa indústria se o maior deles fracassar, mas a julgar pelas artes conceituais recentemente divulgadas podemos ficar tranquilos. Será uma MA-RA-VI-LHA!
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Fonte: http://www.revistaforum.com.br/
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